É difícil estimar a magnitude da violência sexual. As vítimas tendem a silenciar sobre o assunto, seja por medo de represália, quando o autor é familiar ou conhecido, vergonha, sentimentos de humilhação e culpa, já que persiste no imaginário social, e mesmo entre os profissionais de saúde que atendem em serviços de emergência, a idéia de que a mulher é culpada pela violência sofrida . Apesar desta dificuldade, e considerando apenas os casos registrados em bancos de dados policiais, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta para uma prevalência de estupro entre 2 e 5%, nos diferentes países do mundo .
A violência sexual pode acarretar diversos problemas de saúde para a mulher, tanto imediatamente após o evento quanto a médio e longo prazo. Nestes casos podem ser citadas queixas físicas, como cefaléia crônica, alterações gastrointestinais, dor pélvica, e outras, ou sintomas psicológicos e comportamentais, como disfunção sexual, depressão, ansiedade, transtornos alimentares/obesidade e o uso abusivo de drogas .
Dentre as conseqüências imediatas da violência para a saúde das mulheres, devem ser consideradas as infecções do trato reprodutivo, incluindo a infecção pelo HIV, e a chance de gravidez.
Texto retirado de:
Cad. Saúde Pública vol.23 no.2 Rio de Janeiro Feb. 2007
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